sexta-feira, 23 de setembro de 2011

Coagulo



Gotejar vermelho
O resto do nosso amor,
 Parou de soar no meu mundo esta noite.
Segurei durante tanto tempo esse amor e o vi escapar,
Como água, como vento, um algo impossível.
O sangue do fruto escorreu solene, mas sinto que estancou.
Já não me machuca mais, mesmo ainda tão oco por dentro.
A morte do que eu sentia,
 O fim do nosso amor,
 A névoa que hoje nos cerca.

Eu submergido num azul vazio,
 Surdo nessa calmaria angustiante.

Martins Neto

sexta-feira, 9 de setembro de 2011

Se revira a sete palmes de terra abaixo.


Transformei-me em um serial killer.
Despedacei o amor arrancando flor por flor, pétala por pétala.
Doi matar algo tão puro e belo!
O vento frio assobia, trazendo consigo uma mórbida lembrança,
Que se revira a sete palmes de terra abaixo.
Consumido pelas tristezas desses últimos meses,
 Carregando um cemitério na cabeça, procurando uma direção,
Olhar quebrado a luz da lua.
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terça-feira, 6 de setembro de 2011

Ele se foi sem dizer adeus...



 Restaram às lembranças.
Teu rosto nos meus sonhos, distorcido.
Mais uma maçã pra minha arvore de frutos podres.
Pude ver o vermelho vivo, Durantes todos esses meses,
Colorir um mundo cinza.

Ele se foi sem dizer adeus...
Mas disse; Eu te amo!

Comprei sorrisos, alegrias falsas, músicas idiotas...
Fugi ao Maximo disto!
Eu fiquei pra recomeçar
Apanhar do chão os pedaços...
Submergir, escutar o silêncio do fundo,
Enlouquecer, admirar os movimentos dos cabelos embaixo d água.(anular).


M.N