De volta ao escuro (NOSTALGIA)

Faltou-me o ar, não houve mais luz.

No fim do dia, quando a noite cai

Um vazio preenche os meus pensamentos.

Ligo o chuveiro e as lágrimas caem em sincronia com a água.

Quando todos dormem e o silêncio me acorda,

O relógio parece querer me levar à loucura, falando comigo em cada TIC- TAC.

 Lutei tanto pra não me deixar render, pra não acreditar nas lindas palavras sussurradas...

E quando meus olhos brilhavam cada vez mais, quando eu acreditei que era real, quando eu mergulhei mais fundo... Faltou-me o ar, não houve mais luz.

Hoje o frio incomoda meu corpo, mas o frio da minha alma eu não posso esquentar com cobertores, um nó na garganta, então eu posso chorar á vontade, sem ninguém pra me ver.

Em oração eu peço a Deus pra iluminar meus caminhos, onde os caminhos do amor nunca foram claros, isso me acalma e me mantém menos fraco!

Meus frutos vermelhos nunca duram, penso que dessa vez, o fruto mais lindo que já vi nascer, foi levado pelas mãos do destino pra tão longe de mim...

Será que estaremos juntos de novo?

Será que eu ainda vou viver algo tão bom assim?

Sinto um vazio tão grande, oco como uma casa vazia, como um lugar que um dia já se ouviu risos, hoje só meu choro ecoa voando raso pelas lembranças empoeiradas, enquanto admiro parado o fogo fraco que ainda luta na lareira, pequena chama de esperança, esperança que possa voltar á dar beleza ao meu jardim de galhos retorcidos.

Penso um pouco' Todo tempo'

 M.